Desde
criança sempre gostei de me aventurar em diferentes culturas, e nessas férias não
foi diferente. Com os meus pais viajando em uma segunda “lua de mel”, ganhei
como presente uma viagem. Optei por seguir o meu sonho de infância, viajar para
a costa da Antártida - sim, você leu certo. Um sonho meio absurdo que eu não achei que
conseguiria realizar tão cedo, mas eu consegui.
O
meu sonho se realizou, e foi uma das viagens mais incrível da minha vida. E olha
que pelo jeito que a viagem começou, eu podia jurar que seria um desastre total - porque eu simplesmente esqueci de fazer um roteiro, mas tudo bem, eu me
virei. Vou contar um pouco da minha experiência para vocês.
Primeiramente,
já vou dizendo que é uma viagem complicada para se fazer, principalmente se
você passar mal em barco, porque esse é o único meio de chegar lá, e realmente
aproveitar o que o país tem a oferecer. Eu recomendo que você vá em um cruzeiro
por ser mais aconchegante e você poder desembarcar para poder ver tudo mais de
perto. Escolhi essa opção, não foi uma das minhas melhores escolhas (já
que eu passei mal metade do tempo). Mas imprevistos à parte, vamos ao que
importa.
Decidi
não ficar muito tempo, fiquei apenas por 10 dias (e olha, que nesses dias me aventurei por boa parte da Antártida) por não ter uma população permanente e não ter muitas variações do que fazer -era o que eu pensava- eu fiquei com medo de enjoar rápido,
mas me enganei. A Antártica
é o continente mais frio e seco da Terra, um grande deserto de gelo, que a cada lugar se
descobre algo novo. Devido à influência das
correntes marítimas, as zonas costeiras apresentam temperaturas mais amenas,
com uma média anual de -10 °C atingindo valores entre 10 °C no verão e -40 °C no inverno.
As paisagens são a coisa
mais linda do mundo, pode não ter flores e plantas devido à dificuldade de
crescimento de plantas na Antártica. Os fortes ventos, a curta espessura do solo e a limitada
quantidade de luz solar, durante o inverno são os fatores que influenciam essa “deficiência”
na paisagem. Mas na minha opinião, a paisagem continua linda, só é fora do padrão
que muitos estão acostumados.
Quase todo o território antártico está coberto por uma enorme camada de gelo, essa camada se prolonga mar adentro, formando enormes barreiras glaciais como as Larsen (na península Antártica) e Amery (na costa que dá para o Índico). O subcontinente ocidental é constituído de materiais mesozóicos e cenozóicos, fraturados e dobrados em conseqüência da orogenia.
Devo
dizer que me apaixonei pelos animais? As focas e os pinguins são os bichinhos
mais fofos do mundo (apaixonada), mas fiquei um pouco decepcionada por não ter
visto ursos polares (o que me chocou, foi quando eu descobri que não tem ursos polares por lá) e baleias, mas não se pode ter tudo.
(a foca roubou meu core)
Mas o ponto mais interessante da minha viagem, foi descobrir a ilha da decepção, que tem piscinas quentes naturais, devido algumas atividades vulcânicas na Antártica continental, então se você decidir visitar, não esqueça de levar uma roupa de banho.
Como não pesquisei muito, acabei me surpreendendo com algumas coisa que descobri. Você acredita que não tem fuso horário? Isso ocorre devido a todas as linhas de fuso horário passarem por lá. E que no verão, é dia por seis meses? Tipo, como assim?! Mas, em compensação, escurece em maio e só volta a clarear em outubro. Imagina morar lá, que loucura seria.
Mas essas foram as minhas aventuras. Que tal você correr atras das suas? E não esqueça de registrar cada momento em fotos ou até em textos, porque elas vão sempre estar com você.
Lembre: sempre colecione momentos.
Ketlen
- 05:30:00
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