A "Cidade Sorriso"

05:00:00

Eu sempre quis conhecer a capital da Amazônia, Manaus. Já me antecipo a dizer que não é só pela natureza (vulgo, odeio mosquitos picando minha pele e uma tranquilidade exagerada). Acho que o que mais me encantou foi saber que a cidade sempre recebeu de braços abertos os  turistas ou migrantes  que ali aportam.

Não fiquei muito tempo, pois estava ali apenas de passagem rápida junto com os meus familiares para outro destino. Diferente do que pensei, descobri que Manaus é a sexta cidade mais rica do país, tem um intenso fluxo de estrangeiros, e a natureza é mais majestosa ainda pessoalmente. 

Saí do Aeroporto de Congonhas, pela empresa Gol às 21:10, para chegar às 00:10, segundo o horário de Brasília. Houve alguns minutos desprezíveis de atraso, mas isso não me incomodou. Eu estranhei um pouco apenas estar 1 hora "atrasada", portanto, lá ainda eram 23:30. Aproveitei para dormir cedo, assim, fui direto para o Hotel Líder, onde fiquei meus 2 dias.


A melhor sensação foi ter na minha mala apenas roupas de calor, pois Manaus fica perto da linha do Equador, o que significa temperatura e umidade - altos índices de evaporação provocados pela temperatura que fica em torno de 26°C o ano todo, com muito pouca variação - elevadas durante o ano todo. Além disso, dormir com o barulho da chuva (oi, baixa amplitude térmica) foi sensacional. 

(cidade de Manaus no início da noite)

Assim que tomei café da manhã, aproveitei para explorar os arredores. Como o hotel era no centro ficou fácil se localizar pelo mapa e passar por alguns pontos turísticos imperdíveis como o Teatro Amazonas. As atrações se concentram no Largo São Sebastião onde fica o teatro, a Igreja São Sebastião e opções de lojas e restaurantes em casas antigas restauradas. Em clima de cidade do interior, é muito tranquilo andar pelo largo observando a rotina das pessoas, provar o tacacá, ou sorvete de frutas locais, e terminar o dia fazendo um jantar com música ao vivo.

Construído no auge do ciclo da borracha no Brasil, o Teatro Amazonas apresenta diferentes estilos clássicos que se misturam criando algo único. Está em ótimo estado por dentro e por fora e ativo em apresentações, muitas gratuitas. Como sou curiosa, fiz uma visita monitorada, prestando atenção em cada detalhe. Já adianto que para o jantar comi no restaurante Canto da Peixada, uma delicinha.

(Teatro Amazonas)
No segundo dia, fiz um passeio de barco e conheci o encontro das águas - com diferentes velocidades, temperaturas e níveis de acidez, as águas dos rios Negro e Solimões correm cerca de 6 km lado a lado antes de se transformarem no gigantesco Rio Amazonas - e vi uma porção de botos. O passeio iniciou às 9 da manhã e terminou às 15:00, horário que voltei para conhecer um pouco mais da cidade - eram 16:00 em São Paulo.

Achei muito interessante que pelo caminho do rio, haviam árvores com portes predominantemente médios e grandes com formações higrófilas e latifoliadas. Estas características são recorrentes do Bioma Amazônia, um conjunto de ecossistemas interligados pela Floresta Amazônica e pela Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas, a mais densa de todo o planeta. Caracteriza-se pela sua elevada extensão, ocupando quase a metade do território do Brasil, e áreas territoriais ao redor do país. Tenho que confessar que durante o passeio, fiquei morrendo de medo de uma cobra aparecer (risos), mas o guia prometeu de dedinho para mim que nenhuma cobra iria me atacar.

(encontro das águas)

Aproveitei para visitar o Palacete Provincial, e comer no Café do Pina (a fome é a última que morre). O mais legal foi ver que eles incluem em suas refeições bastante mandioca, juta, arroz, porque são ingredientes muito plantados na região, que é bem fértil por sinal.

Depois de comer, me aventurar, conhecer, não aguentei. Aquela vibe meio sereia invadiu o meu ser e eu peguei meu biquíni correndo e fui para a praia de Ponta Negra. Ali tomei um açaí maravilhoso, e fiz uns clicks bem legais. Só não nadei porque a praia estava interditada. Fiquei temporariamente chateada, mas ao ver um ensaio dos bois-bumbás, fechei meu pequeno passeio com chave de ouro. 

(praça São Sebastião à noite)

Como eu não podia deixar de falar, aqui vão minhas considerações finais:
  • Se for ficar poucos dias: procure um hotel no centro da cidade;
  • Se for turistar bastante: prefira hotéis mais afastados, assim você conhecerá mais diversidade;
  • Comida boa e barata você encontra em todo lugar;
  • Mantenha-se hidratado;
  • Evite ficar sozinho(a), pois sempre alertam sobre assaltos, sobretudo à noite;
  • Repelente everywhere;
  • Tente experimentar algum sabor exótico de suco na Skina dos Sucos.
Sobre Manaus? Adorei conhecer e pretendo voltar ASAP (as soon as possible). Não se preocupe muito com pessoas rudes, em geral eles são super calorosos! A cidade com certeza não deixa a desejar. Super recomendo.

Beijo, beijo,

Flávia



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