Deserto do Atacama: Ruínas Atacamenhas, vales e pôr-do-sol

22:39:00

O mundo é um lugar surpreendente. A história que cada lugar carrega traz um aprendizado para a vida. Hoje, ainda sobre a viagem que fiz pelo Atacama, vou mostrar um pouco da beleza gerada através dos atacamenhos + alguns passeios simplesmente imperdíveis.

(caminho até as ruínas)

Localizadas no Sítio Arqueológico de Tulor, há 4 quilômetros de San Pedro de Atacama, as ruínas têm cerca de 3 mil anos de idade. Lá se encontram restos de construções e uma réplica das casas originais. A ocupação na região começou a cerca de 6.000 anos a.C. e hoje vemos apenas 5% da aldeia. O motivo? Com o tempo elas foram se degradando e desaparecendo juntamente com as tempestades de areia (que costumam acontecer em setembro). 

Seguindo um pouco, avistamos mais de perto o Vulcão Licancabur. A ascensão ao vulcão pode ser feita por meio de guias. Como já dito anteriormente, eu contratei uma empresa local. O vulcão pode ser escalado mas apenas pela região da Bolívia. Se você deseja fazer tal ação, nada de ser mão de vaca, pois você desembolsará pelo menos 450 dólares, ok?

Durante o tempo do sítio arqueológico, conhecemos algumas paisagens lindas, onde pudemos sentar um pouco e apenas admirar. Parece que o deserto não tem fim. O mais legal que observei foram algumas árvores verdinhas no meio de tanta terra e ar seco. Elas só se estabilizaram nessa região por terem raízes subterrâneas que retém muita água.

(ainda no Sítio Arqueológico)

Junto com esse tour, logo depois de almoçar em um restaurantezinho com decoração típica da região, paredes feitas de barro ou argila, chão de pedra e móveis de madeira, cujo não lembro o nome mas tinha uma lasanha vegetariana divina, fomos a mais alguns passeios.

Eu super recomendo conhecer o Valle de La Luna e o Valle de La Muerte (terreno árido, alaranjado, irregular, com muitas dunas), por serem locais que ainda tem uma certa baixa altitude, podendo assim, ir se acostumando gradualmente - cá entre nós, ninguém merece passar mal! - até chegar nos Geysers. Lá, eu não sabia e nem me avisaram que iríamos fazer um hiking bem levinho. Valeu muito a pena, só não recomendo levar uma mochila cheia de coisas, pois existem algumas passagens bem difíceis de andar. Esse lugar é formado por rochas salinas desenhadas pela erosão do tempo ou por ventos e grandes mudanças de temperatura do dia para a noite.

Ó, já deixo bem aconselhado que se você, querido ou querida visitante tem claustrofobia, é melhor evitar entrar nesse Cânion. Cada vez fica mais difícil de andar e mais estreito. Quem avisa amigo é, não se esqueça!

(parte do Valle que está englobado no Cânion das Cuervas de Sal)

Para terminar o dia, demos uma boa - bem boa - andada pela Grande Duna. É um pouquinho cansativo, mas foco, força e fé que você chega no topo, para ver o maravilhoso por-do-sol. A cada piscar de olhos, as cores ficavam mais intensas:


Lindo não é mesmo? O sol se pôs por volta das 19:00 (tudo culpa dos solstícios, equinócios, afélios, periélios). Esse dia foi bem tranquilo e memorável. Ao voltar para a cidade, estava tão cansada que tomei um banho, comi uma fruta e capotei - não era para menos. :P

Antes que eu me esqueça, algumas dicas:
  • Não ande sem água, protetor solar e uma blusinha para o fim do dia (as temperaturas caem);
  • Boné ou chapéu sempre;
  • Tênis são seus melhores amigos;
  • O preço é de mais ou menos $27.000 pesos chilenos;
  • A lanterna (do celular ou não) é uma boa pedida nas Cuervas de Sal.

Espero que tenham curtido esse dia e até o próximo post!

Beijo, beijo,

Flávia.

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